Mandatos na Aneel já têm apostas
Um atento observador da área de energia elétrica estava fazendo as contas, nesta terça-feira, 21 de março, olhando especificamente para o quadro de diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O mandato do diretor José Jurhosa termina em outubro próximo. O do diretor Reive Barros em janeiro de 2018. Ambos podem ser reconduzidos para mais um mandato como diretor da agência reguladora.
Mas, em agosto de 2018, em plena efervescência da campanha presidencial, terminam os mandatos dos diretores Romeu Rufino (atual diretor-geral), André Pepitone e Tiago Correia.
Rufino não pode ser reconduzido para novo mandato, mas Correia pode. Quanto ao diretor Pepitone, que nunca escondeu um enorme desejo de ser diretor-geral da agência, poderá eventualmente ver o seu sonho concretizado. Afinal, ele não poderá ser mais um diretor com o status atual, mas, com o de diretor-geral pode.
Já tem gente dentro da Aneel aceitando apostas. Tem muita ficha sendo colocada no nome de Reive Barros como sucessor de Romeu Rufino. Há poucos meses, ele ensaiou uma espécie de vontade de deixar a agência, mas era tudo charme, pois estava de olho mesmo é na presidência da Chesf, no seu estado natal (Pernambuco), que foi ocupada por outro nome.
Já não se fala mais na eventual saída de Reive e o seu nome é apontado como ideal para diretor-geral, pois, tem experiência, é visto como um dirigente rigoroso, é essencialmente técnico e bastante respeitado pelo setor elétrico.
Pepitone também tem todos esses atributos, embora mais jovem. Entretanto, contra ele existe a versão de que teria uma ligação política com o senador Edison Lobão, do Maranhão, que, envolvido na Lava Jato até o pescoço, está reconhecidamente em baixa.