Eficiência energética x desperdício
Em tempos de sustentabilidade, a economia de energia elétrica é essencial. Porém, estima-se que, anualmente, 10% da energia gerada no Brasil seja desperdiçada. Um número alto, não é? No entanto, a maior parte deste desperdício não é nossa culpa, aparelhos eletrônicos e maquinários movidos a energia elétrica são os grandes responsáveis pela energia perdida, pois acabam “desperdiçando” energia na forma de calor durante o seu funcionamento, perdendo além de energia, a efetividade em seus processos. Empresas com alto consumo de energia podem apostar na Eficiência Energética como forma de otimizar os seus processos, economizar os custos com energia e proteger o meio ambiente.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o Brasil perde em ineficiência energética o equivalente a uma usina Belo Monte por ano (4.600 MW médios). O volume seria suficiente para abastecer 40% do consumo residencial de todo o País. Se importar com estes números vai além da sustentabilidade, empresas que possuem um selo-verde que ateste a preocupação com o meio ambiente são bem vistas no mercado, podem usufruir de linhas de crédito especiais, possuem diferencial competitivo, uma ferramenta de marketing adicional e é claro, economia real na conta energia.
A eficiência deve ser pensada desde a geração de energia até o consumo final, em busca da melhor utilização para os insumos energéticos. Através desse processo, é possível utilizar a energia de forma adequada e consciente, sem perda de qualidade de processos. Investir em eficiência reduz custos para a empresa e polui menos, é possível utilizar menos energia para conquistar o mesmo resultado ou quem sabe até superá-lo.
Algumas ações como a substituição de sistemas de iluminação por equipamentos mais eficientes como as lâmpadas LED; utilização de sistemas de automação, possibilitando acionamento de motores; Iluminação somente em casos de necessidades; substituição de fontes de energia como energia elétrica por energias alternativas como a solar; e adequação de grandezas elétricas às características da operação em questão, são suficientes para que os resultados comecem a aparecer.
Porém, projetos de eficiência energética não são tão simples assim, por esse motivo muitos empreendedores contratam empresas de serviços de conservação de energia (Esco). Estas são especializadas na redução dos custos no consumo de energia e água nas empresas, o objetivo é o estabelecimento de parceria, partilhando os resultados obtidos.
As Escos normalmente avaliam alguns itens como iluminação interna, externa, condicionamento de ar, ventilação, refrigeração e aquecimento, bombeamento, transporte de materiais, máquinas operatrizes, tratamento superficial de metais, prensas, caldeiras e fornos, produção e distribuição de ar comprimido, armazenamento e distribuição de gases industriais, em busca de falhas e formas de aprimorar o uso de energia nas empresas. Para conquistar a tão desejada eficiência essas empresas costumam: avaliar o fornecimento e possibilidade de substituição parcial ou integral do insumo energético em consumo; avaliar oportunidades econômicas; assessorar a contratação de financiamentos para o projeto; implantar as ações identificadas e ao fim realizar um Plano de Medição & Verificação (M&V)
De acordo com a Armstrong , empresa especializada em soluções para redução e economia de energia , qualquer empresa ou empreendimento pode ser beneficiado com projeto de eficiência energética, através da modernização de ativos operacionais e instalações, e adequação de procedimentos. ” O importante é reduzir o consumo de energia da empresa, mantendo-se os níveis de produção e da qualidade do produto final” explica.