Na EPE, sai Barroso e entra Reive. Que mudança!
Maurício Corrêa, de Brasília —
Aguarda-se com expectativa a nomeação, no “Diário Oficial da União”, do engenheiro Reive Barros dos Santos para ocupar a presidência da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Rio de Janeiro.
Reive foi diretor da Aneel e chegou a ser cotado para ocupar a presidência da Chesf. Na agência reguladora, foi visto como um técnico correto e rigoroso.
Apesar disso, na área de Planejamento da área energética do Governo, entretanto, essa indicação não está sendo bem recebida. Algumas pessoas consideram Reive o oposto de Luiz Barroso, que renunciou ao cargo na recente troca de ministros na Pasta de Minas e Energia.
Enquanto Barroso virou a EPE pelo avesso nos quase dois anos em que esteve à frente da estatal, devido ao seu espírito inquieto e curioso em relação às novidades tecnológicas do mundo moderno, Reive Barros é considerado um bom técnico, mas voltado para a energia elétrica do passado, de predominância dos engenheiros eletricistas e mais burocratizada. Pouco antenado com as mudanças bruscas que estão ocorrendo em relação à área de energia elétrica, principalmente o novo papel dos consumidores.
Há também quem considere que tudo não passa de uma questão de marketing e que as diferenças decorrem de escolas diferentes. Ao contrário de Barroso, que sabe ocupar espaços como poucos na área de energia elétrica, Reive — um pouco mais velho —é uma pessoa reservada e avessa à badalação, preferindo o trabalho discreto, mas igualmente eficiente.