Católicos desinvestem em combustíveis fósseis
Da Redação, de Brasília (Com apoio da 350.org) —
Trinta e cinco organizações e instituições da Igreja Católica anunciaram neste domingo, 22 de abril, a decisão de romper os laços econômicos com a indústria dos combustíveis fósseis, principal responsável pela crise climática global. A Cáritas Internacional, uma confederação de 165 organizações católicas de assistência, desenvolvimento e serviço social que opera em mais de 200 países e territórios, está entre as instituições que se comprometem a aderir à campanha pelo desinvestimento.
Além dela, três bancos católicos – o Pax Bank, o Bank Im Bistum Essen eG e o Steyler Ethik Bank, que juntos administram balanços financeiros de aproximadamente 7,5 bilhões de Euros -, bispos em todo o mundo e uma coalizão internacional de instituições católicas – o Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM, na sigla em inglês) – também decidiram, na forma de compromissos parciais ou totais, retirar seus investimentos de projetos que envolvam combustíveis fósseis.
Essas instituições se juntam a outras 60 organizações católicas ao redor do mundo, que recentemente também aderiram ao chamado, sinalizando a crescente força do movimento de desinvestimento dentro da Igreja Católica. Esse movimento tem sido impulsionado pela encíclica Laudato si, lançada em junho de 2015, na preparação para a conferência climática de Paris, e na qual o Papa Francisco enfatiza a responsabilidade da humanidade em cuidar da Terra. O anúncio foi considerado um passo, aumentando as esperanças de que o próprio Vaticano se comprometa em breve a se desfazer de seus ativos que estejam ligados aos combustíveis fósseis.