Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Maurício Corrêa, de Brasília —
Se o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, soubesse o que algumas pessoas estão falando dele, no quartel-general da equipe de transição, ficaria sem dormir por vários dias e precisaria ainda tomar muito chá de mulungu para descansar um pouco as ideias.
Cobras e lagartos, para ficar só nesses bichos.
Todos entendem o papel de dirigentes ou parlamentares do MDB em tentar conservar o comando do MME, pois faz parte da luta política e os partidos estão aí para disputar, legitimamente, os espaços que existem.
Entretanto, não poupam Pepitone, que fez da diretoria-geral da Aneel uma verdadeira trincheira para trabalhar em favor de um candidato à sucessão do ministro Moreira Franco. Candidato, aliás, que é declaradamente apoiado pelo MDB.
Um comentário ouvido ontem por este site dá uma ideia do nível de desagrado: depois de resolver a questão do MME, o presidente eleito Jair Bolsonaro, já efetivado no cargo, poderia olhar “com mais carinho” para a Aneel e para o papel desempenhado pelo diretor-geral Pepitone nos últimos dias.
Pepitone tem um mandato e ninguém pode obrigá-lo a renunciar, mas ao que parece vem chumbo grosso a partir de janeiro.