A dificuldade para formar uma equipe no MME
Maurício Corrêa, de Brasília —
Com o Natal batendo na porta, está claro que o ministro indicado para Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque Junior, tem tido dificuldades para montar a sua equipe.
São problemas de tudo quanto é tipo: lobbies políticos, salários baixos a oferecer no MME, falta de qualificação de alguns nomes. E por aí vai.
Diante das pressões, um risco que o almirante corre é se amparar na burocracia de Brasília. Isso talvez seja um enorme erro. Nas estruturas burocráticas de Brasília, tem de tudo. Inclusive alguns nomes encastelados há anos na mesma função, que não entregam a rapadura e que são totalmente desprovidos de criatividade e qualificação técnica. Não se sabe como sobrevivem politicamente na burocracia estatal.
O ministro é um militar de carreira e sabe que, nas Forças Armadas, essa questão é contornada através do remanejamento locacional dos oficiais. Depois de algum tempo em determinada cidade, ocupando uma função, são transferidos para outro posto, em outro estado. Exatamente para não criar teias de aranha.
É provável que o almirante Bento esteja pensando nisto. Talvez seja a hora de ampliar o foco e tentar descobrir algum nome fora do serpentário de Brasília. Certamente, existem bons nomes por aí, neste imenso país, e não faltarão aqueles que possam dar uma boa contribuição ao MME como auxiliares diretos do novo ministro.