A cabeça de burro enterrada no MME
Maurício Corrêa, de Brasília —
Embora seja um executivo afável, educado e bem-humorado, características que não anulam a sua seriedade, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, aparentemente conta com algum desafeto que deve torcer pelo seu insucesso à frente do MME.
Afinal, é possível que exista uma cabeça de burro enterrada na frente do edifício-sede do MME, pois o ministro está claramente fazendo o seu aprendizado em relação à Pasta através da magnitude de problemas que estouram a cada dia na sua área de trabalho.
Em apenas cinco semanas de gestão, muita coisa caótica passou pela área de gestão do ministro Bento. Houve não apenas a tragédia da barragem da Vale em Brumadinho, mas, também, a ação de bandidos em Fortaleza, prejudicando o suprimento local. Agora, o ministro se vê às voltas com a falta de chuvas em larga escala no Sudeste, quando esta é tradicionalmente a época mais chuvosa do ano. A permanecer a tendência hidrológica atual, pode ser um sinal antecipado de algum tipo de problema em relação ao setor elétrico.