Na Aneel, expectativa de racha na diretoria
Maurício Corrêa, de Brasília —
Ainda não está claramente configurado, mas poderá ocorrer um tremendo racha na diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que poderá representar alguns problemas em relação ao andamento dos trabalhos na agência reguladora.
Estão extremamente afinados e concordam em todas as demandas atuais e futuras o diretor-geral André Pepitone e o diretor Efraín Cruz.
Os diretores Sandoval Feitosa e Elisa Bastos, por outro lado, têm demonstrado grande afinidade em seus posicionamentos.
Em cima do muro, sem comprometer-se publicamente com um ou outro lado, encontra-se o diretor Rodrigo Limp. Provavelmente está vocacionado para ser uma espécie de fiel da balança.
Os especialistas que têm a tarefa de acompanhar o dia a dia da Aneel demonstram preocupação com essa situação, que não é novidade na agência reguladora do setor elétrico e já foi experimentada em outras situações.
Ninguém reclama de nada, mas fontes qualificadas da Aneel indicam que os diretores Sandoval, Elisa e Limp praticamente estão sendo empurrados para um canto, devido à preferência claramente manifestada pelo diretor-geral Pepitone em relação ao seu colega diretor Efraín, que virou uma espécie de “diretor preferido”.
Aliás, Efraín, que já havia participado de uma estranha viagem a Montevidéu, no apagar das luzes do governo anterior, em dezembro de 2018, na companhia do próprio Pepitone e do então ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na semana passada teve novamente a oportunidade de acompanhar o diretor-geral em uma viagem internacional, desta vez a Lisboa e Madri. Duas viagens a rigor desnecessárias.