Conta Covid ganha prêmio internacional
Da Redação, de Brasília (com apoio da CCEE) —
“Estamos muito orgulhosos. Graças à Conta Covid, o setor elétrico foi o primeiro, entre os ramos de infraestrutura, a desenvolver uma resposta robusta para a crise. Este é um reconhecimento que não aconteceria sem o envolvimento de todos os que trabalharam para que a iniciativa desse certo”, afirma Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
A medida recebeu duas indicações, uma de um escritório de advocacia e outra de um banco de investimentos. A escolha dos vencedores foi feita pela equipe editorial da “Latin Finance”, com base na análise dos dados técnicos e financeiros da operação e sua importância no contexto do mercado.
“A Conta Covid contribuiu para a resolução de um problema financeiro e conjuntural do setor elétrico e promoveu o alívio das tarifas para os consumidores em 2020, dentro de um contexto tão crítico para os orçamentos das famílias e das empresas no ano passado. Além disso, a Conta Covid também contribuiu para a adimplência em todos os elos da cadeia e, consequentemente, para a “saúde” do setor elétrico”, reforça o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
A Conta Covid foi estabelecida pelo Governo Federal e pelo Ministério de Minas e Energia – MME com o objetivo de mitigar os problemas de caixa vivenciados pelas empresas de distribuição em meio à pandemia. A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel foi a responsável pela regulação da medida e pela estruturação das condições do financiamento.
Para o consumidor, a Conta Covid permite uma postergação e um parcelamento em até cinco anos de impactos tarifários que, caso contrário, seriam sentidos de maneira imediata. A solução tem como premissas tanto o equilíbrio financeiro do setor como os atributos da modicidade tarifária, aspectos levados em conta na análise da “Latin Finance”.
Em reportagem referente ao prêmio, a publicação reforça que a iniciativa exigiu o apoio do governo federal, da Aneel e do BNDES. “Mas o dinheiro veio principalmente do setor privado, já que mais de 70% foi desembolsado por um grupo de 14 bancos. Os três maiores bancos privados – Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander – além do Banco do Brasil forneceram 52% do total. O BNDES, além de fornecer 17,3% do dinheiro, também atuou na coordenação do sindicato dos bancos”.