BB abre crédito para geração solar em casas
O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira, 10, uma nova linha de crédito para financiar a aquisição de sistemas de geração de energia solar em residências. De quebra, reforçou seu ‘portfólio verde’ com novos grupos de consórcio que valorizem aspectos ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).
As iniciativas, que não tiveram o valor revelado, foram lançadas em maio, mês que o BB elegeu para fomentar a energia renovável no País. “O objetivo é mostrar o quão importante é a energia renovável e o potencial do Brasil”, disse o presidente do BB, Fausto Ribeiro, em vídeo a funcionários, sobre a ação.
No caso do crédito para impulsionar a energia solar, a linha está disponível para pessoas físicas e com contratação digital por meio do aplicativo do banco. É possível financiar até 100% do valor de sistemas fotovoltaicos, incluindo a instalação. O parcelamento é de até 60 meses, com juros a partir de 0,75% ao mês, para valores de R$ 5 mil a R$ 100 mil.
Já em relação aos novos grupos de consórcios, a modalidade liberada no chamado ‘grupo Verde’, é de trator e caminhão. Para impulsionar o produto, o banco aposta em uma taxa de administração promocional, que varia conforme o público contratante, iniciando em 0,09% ao mês, e atualização dos bens de referência pelo IPCA, com reajuste anual.
Em contrapartida, o BB fará uma ação direta no meio ambiente, promovida pela BB Consórcios em parceria com a Fundação Banco do Brasil. O foco é apoiar instituições na recuperação de áreas degradadas. A cada cota de consórcio vendida, serão plantadas dez árvores. O potencial de plantio, conforme o BB, é de até 100 mil árvores em 2021.
De acordo com o novo presidente do BB, o banco também fará o “dever de casa”. Nesse sentido, ele reafirmou o compromisso de aumentar a matriz energética limpa do banco, reduzindo e compensando suas emissões. “Nossa meta é chegar até 2024 com 90% da energia usada no banco tendo origem fontes renováveis”, reforçou o executivo.
Solar alcança 1,8% da matriz elétrica
Nos primeiros quatro meses do ano foram adicionados 1,1 gigawatts (GW) na capacidade instalada de energia solar no Brasil, incrementada pela Geração Distribuída, em uma corrida para escapar de possíveis novas regras que podem ser aprovadas pelo Congresso Nacional e tornar a operação mais cara. No total, a geração solar representou 1,8% da matriz elétrica brasileira em abril, atingindo 8,813 GW.
De acordo com a associação do setor, Absolar, a Geração Distribuída cresceu 17,8% de janeiro a abril, totalizando 5,485 GW, contra 4,654 GW em dezembro de 2020. Já a geração solar centralizada, que depende de leilões do governo, expandiu apenas 7,5%, para 3,327 GW.
Minas Gerais continua sendo o Estado líder em Geração Distribuída, com 17,8% dos projetos instalados, seguido de São Paulo (12,5%) e Rio Grande do Sul (12,4%).
O setor residencial continua sendo o principal motor da Geração Distribuída no Brasil, com 40% da potência instalada. Em seguida vem o comércio, com 36,7%; o segmento rural, com 13.1% e a indústria, com 8,5%.