Balanço da Energisa reflete momento do País
Da Redação, de Brasília (com apoio da Energisa) —
O Grupo Energisa encerrou o terceiro trimestre do ano com Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,7 bilhão, aumento de 42% frente ao mesmo período de 2020. Somando os primeiros nove meses do ano, o Ebitda acumulou R$ 4,4 bilhões, 58,2% maior que janeiro a setembro do ano passado.
A receita operacional líquida, sem contar a receita de construção, registrou variação positiva de 53,5% alcançando R$ 6,6 bilhões entre julho e setembro na comparação com os mesmos meses do ano passado; e 35,7% para R$ 16,8 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2021. Também no terceiro trimestre, o Grupo Energisa quase que dobrou os investimentos consolidados quando comparado com o terceiro trimestre de 2020. Foram R$ 1,194 bilhão investidos contra R$ 646,5 milhões, uma alta de 84,7%. Em relação ao acumulado do ano, os aportes chegam a R$ 3 bilhões, o que representa um aumento de 49,5% no período.
Do total de investimentos consolidados no trimestre, R$ 820,6 milhões foram destinados aos ativos elétricos das 11 distribuidoras. Isso significa um aumento de 86,2% sobre o terceiro trimestre do ano passado. Destacam-se os aportes para Energisa Acre (727%), Energisa Mato Grosso do Sul (167,5%), Energisa Mato Grosso (109,9%) e Energisa Sergipe (100,1%). Considerando apenas investimentos em ativos elétricos no terceiro trimestre, a Energisa Rondônia foi a distribuidora que mais recebeu aportes, com R$ 226,5 milhões, o que corresponde a um incremento de 47,2% em relação ao trimestre do ano passado.
“Continuamos com resultados consistentes no terceiro trimestre de 2021, que refletem a retomada das atividades econômicas nas áreas de concessão, mesmo diante dos desafios do atual cenário. Temos o propósito de liderar a agenda para a transição energética no Brasil, como a principal plataforma de energia do país, capaz de oferecer serviços completos, soluções sustentáveis de alta qualidade e boas experiências para o consumidor”, destaca Maurício Botelho, CFO do Grupo Energisa.
Os custos operacionais controláveis (pessoal, materiais, serviços e outros) cresceram 24,4% no trimestre (R$ 133,9 milhões), frente à baixa base de comparação dos custos operacionais do terceiro trimestre de 2020, reduzido em função de medidas excepcionais do início da pandemia. No acumulado dos nove meses, o aumento foi de 11,3% (R$ 198,2 milhões).
A dívida líquida em setembro de 2021, deduzida dos créditos setoriais, foi de R$ 14,6 bilhões, contra R$ 13,9 bilhões milhões em junho. A relação dívida líquida por EBITDA ajustado consolidado fechou em 2,4 vezes, ante 2,5 vezes em junho e 3,3 vezes em relação a setembro de 2020.
Mercado de energia
No trimestre encerrado em setembro, o consumo total de energia elétrica (mercado cativo + livre), nas áreas de concessão das 11 distribuidoras do Grupo Energisa, atingiu 9.148,3 GWh, o que representa um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando o consumo não-faturado a variação foi de 1,6%.
Contribuiu para a alta no consumo de energia elétrica o aumento das flexibilizações sanitárias, em meio ao avanço da vacinação no país, além do clima seco, sobretudo nas regiões de concessão do Nordeste. Vale ressaltar que o terceiro trimestre de 2021 registrou alta também quando comparado ao mesmo período pré-pandemia em 2019 (3,0%).
Os segmentos de maiores destaques foram as classes comercial (+6,8% ou 103,9 GWh), residencial (+1,5% ou 49,6 GWh) e industrial (+1,8% ou 35,2 GWh). A classe comercial contribuiu com mais de 40% do incremento de consumo do trimestre (cativo + livre), apresentando a maior alta para o período em sete anos. O resultado foi apoiado pela retomada de operação de atividades intensivas em consumo, como shoppings, em meio ao maior controle do quadro sanitário e das flexibilizações de restrições.
A classe residencial obteve crescimento significativo, apesar da alta base de comparação e do clima bem mais ameno que do ano anterior nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, enquanto a classe industrial apresentou alta acima da média dos últimos dez anos (+1,1%), direcionada principalmente pelo setor têxtil, minerais metálicos e não metálicos e peças para veículos. A classe rural, por sua vez, apresentou alta de 0,7% (6,9 GWh), com oito entre as 11 distribuidoras registrando crescimento.
Consumidores
A Energisa fechou o terceiro trimestre de 2021 com aumento de 2,3% no número de consumidores em relação ao mesmo período do ano passado, considerando os mercados livre e cativo. Destaques para a Energisa Mato Grosso, que viu seu número de clientes aumentar 3,9% no terceiro trimestre, e Energisa Sul Sudeste, que teve alta de 2,6% na carteira de clientes na comparação com o mesmo período de 2020.
No segmento residencial, o Grupo Energisa apresentou crescimento de 2,6% entre os trimestres, sendo 1.564.968 clientes cadastrados no programa de tarifa social. O número de clientes dessa categoria representa 23,3% das unidades residenciais da Energisa.
No total, o Grupo Energisa soma 8,2 milhões de clientes em 862 municípios. A empresa também atende a 20 milhões de pessoas, o equivalente a 10% da população de todo o território nacional.
Falando em consumo por distribuidoras e região, o Grupo Energisa apresentou desempenho positivo no terceiro trimestre de 2021 comparado a igual período de 2020, com crescimento de 2,4%. No trimestre, todas as regiões apresentaram avanço. Destaque para região Nordeste, com 6,6% (120,8 GWh) de alta. Entre as distribuidoras que mais se destacaram estão a Energisa Borborema (7,4%), Energisa Paraíba (7%) e Energisa Sergipe (5,7%).
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o Grupo também apresentou resultado positivo (+3,0% ou +798,3 GWh), com todas as regiões crescendo, em comparação ao mesmo período de 2020. A região do Sul/Sudeste (+5,0% ou +228,8 GWh) e o Nordeste (+4,9% ou +284,8 GWh) continuaram sendo os principais vetores de crescimento. Em seguida, estão o Centro-Oeste com 1,7% de alta (195,8 GWh) e o Norte com 1,8% de alta (88,9 GWh), que contavam com base mais alta no ano passado.
Qualidade do Serviço
De forma geral, no terceiro trimestre de 2021, as distribuidoras do Grupo mantiveram excelente resultado. Todas as 11 concessionárias obtiveram desempenho superior à meta da Aneel para o FEC (frequência das interrupções) e dez distribuidoras conseguiram o mesmo resultado para o DEC (duração das interrupções) neste trimestre. A Energisa Rondônia ficou acima do limite do DEC e segue perseguindo a meta estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Destaques
A Energisa Tocantins se destacou pelo melhor resultado da série histórica no DEC e no FEC. Em setembro de 2021, o DEC obtido foi de 16,18 horas e o FEC foi de 6,24 vezes. Este resultado garante uma distância segura para o limite regulatório de 6,2 horas para o DEC e de 8,64 vezes para o FEC.
A Energisa Rondônia manteve sua forte trajetória de melhora no segundo ano após a privatização e segue batendo recordes de redução na busca do limite regulatório. Na comparação com o realizado em setembro de 2020, alcançou redução expressiva de 8,02 horas ou (21,4%) no DEC e de 6,05 vezes (31,9%) no FEC, atingindo os melhores valores da série histórica para o FEC.
Energisa Sul Sudeste e Energisa Acre alcançaram em setembro de 2021 seus melhores resultados da série histórica do FEC. A Energisa Sul Sudeste obteve FEC de 3,84 vezes e a Energisa Acre, um FEC de 12,89 vezes.
Perdas de energia e inadimplência
As perdas somaram 5.806 GWh em setembro de 2021, representando 12,96% da energia injetada. O resultado é 0,15 ponto percentual ou 25,0 GWh menor que o registrado no segundo trimestre de 2021. A exemplo do que ocorreu no segundo trimestre deste ano, todas as empresas do Grupo Energisa apresentaram redução em relação ao período entre julho e setembro do ano passado, com destaque para Energisa Acre e Energisa Rondônia, que tiveram reduções de 2,85pp e 2,50pp, respectivamente.
As distribuidoras do Grupo Energisa têm investido em medidas de aumento permanente da efetividade das suas ações de combate às perdas não técnicas mantendo as perdas totais abaixo do limite regulatório consolidado. Em relação ao terceiro trimestre de 2020, as perdas não técnicas reduziram 146 GWh. Vale lembrar que no segundo trimestre de 2021 foi a primeira vez que este indicador ficou abaixo do limite regulatório consolidado após a aquisição em 2018 das empresas Energisa Acre e Energisa Rondônia.