Furto de cabos de energia cresce 131% no DF
Da Redação, de Brasília (com apoio da Neoenergia) —
Uma informação liberada pela concessionária de distribuição Neoenergia, que opera no Distrito Federal, mostra que eventuais problemas enfrentados pelos consumidores nem sempre são da responsabilidade direta da operadora. Segundo a empresa, que está lançando uma campanha em parceria com a CEB Ipes e com a Secretaria de Segurança Pública, para combater prática criminosa, houve um aumento de 131% no furto de cabos de energia na área do Distrito Federal.
Ação criminosa cada vez mais frequente no Distrito Federal, o furto de cabos de energia elétrica também é uma prática que gera diversos prejuízos para a população, segundo a distribuidora. No último ano, o número de ocorrências envolvendo as redes de distribuição e iluminação pública atingiu a marca de 621 casos, representando um aumento de 131%, na comparação com 2020. Cerca de 50 mil pessoas, entre clientes residenciais e comerciais, foram prejudicadas, totalizando 50 horas de interrupção de energia no total e em toda capital federal.
A campanha é digital e visa inibir e conscientizar a população sobre os riscos dessa prática. Desde segunda-feira até o próximo sábado (26), a Neoenergia vai compartilhar dados nas redes sociais sobre os perigos dessa ação e como a sociedade pode ajudar a denunciar. Cada dia será abordado um tema diferente e é importante que a população compartilhe o material e ajude a divulgar o conteúdo.
Esse tipo de furto interrompe, de forma inesperada, o fornecimento de energia, gera transtornos para a sociedade, além de inúmeros prejuízos. Dados da Neoenergia Brasília e da CEB Ipes mostram também que foram contabilizados o roubo de mais de 100 quilômetros de cabos, distância equivalente ao percurso que vai de Brasília até Abadiânia, no interior de Goiás. As regiões da capital federal mais atingidas são as que possuem redes subterrâneas, sendo a Asa Norte, a Asa Sul, o Sudoeste e Águas Claras as de maior recorrência.
Os criminosos furtam esse material na tentativa de revendê-lo e podem ser enquadrados no crime de receptação e serem presos. A prática é perigosa, já que o autor pode sofrer um choque elétrico e até morrer durante o furto. Pessoas que utilizam equipamentos vitais em casa ou nos hospitais também podem perder a vida se ficarem sem o fornecimento de energia.
Como medida preventiva, a Neoenergia Brasília iniciou a implantação de sistemas eletrônicos de segurança em subestações e galerias subterrâneas. A ideia é limitar o acesso às instalações de pessoas não autorizadas e repassar para as autoridades policiais informações estratégicas que possam auxiliar na identificação e prisão de criminosos. Há também outras ações de inteligência sendo executadas, em parceria com a SSP/DF, para coibir essa prática criminosa.