Usinas com energia verde têm homenagem
Da Redação, de Brasília (com apoio da Única) —
Até agosto, 63 usinas sucroenergéticas, nove comercializadoras e cinco consumidores conseguiram o Selo Energia Verde, no âmbito do Programa de Certificação da Bioeletricidade, o primeiro do mundo focado na produção de energia estritamente a partir da biomassa da cana-de-açúcar, fornecendo o Selo Energia Verde às geradoras e a consumidores e comercializadoras de energia elétrica que adquirem energia das usinas certificadas.
Essas empresas foram convidadas para serem homenageados durante o Seminário de Bioeletricidade Unica/CeiseBR, que ocorrerá no dia 17 de agosto próximo, das 14 às 17 horas, durante a Fenasucro & Agrocana 2022, em Sertãozinho (SP). Um representante da CCEE fará a entrega de um quadro homenagem aos atuais participantes do Programa de Certificação da Bioeletricidade.
A Fenasucro & Agrocana é considerada a maior feira do mundo exclusivamente voltada à cadeia produtiva de bioenergia. Neste ano, a edição voltará a ser presencial, ocorrendo entre os dias 16 e 19 de agosto. Somente em suas reês últimas edições, a Fenasucro & Agrocana recebeu mais de 125 mil profissionais e gerou mais de R$ 15 bilhões em negócios na cadeia bioenergética.
Certificação da Bioeletricidade
O Programa de Certificação da Bioeletricidade foi criado em 2015 pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Em 2022, do lado das usinas, já foram certificadas unidades sucroenergéticas dos seguintes grupos econômicos: Cofco International Brasil, Viterra Bioenergia, Adecoagro, Viralcool, Pitangueiras, Nardini, Cerradinho, S. Manoel, Grupo Balbo, São Martinho, Diana, Pedra Agroindustrial, Atvos, Lins Agroindustrial, Colombo, Cocal, Zilor, J.O. Bioenergia, BP Bunge Bioenergia e Tereos Açúcar e Energia.
De acordo com as diretrizes gerais do Programa de Certificação, a iniciativa tem como objetivos principais oferecer ao mercado livre de energia elétrica a possibilidade de mostrar preocupação com o consumo responsável, ao mesmo tempo em que estimula a expansão da bioeletricidade e do próprio mercado livre de energia. O programa avalia anualmente se as usinas produzem energia elétrica de forma renovável, a partir da biomassa da cana-de-açúcar, e se cumprem determinados requisitos de eficiência energética nessa produção.
O Certificado Energia Verde é concedido a usinas sucroenergéticas, mas também há o Selo Energia Verde que pode ser solicitado e concedido a consumidores no mercado livre e comercializadoras e que adquiram bioeletricidade das usinas detentoras do Certificado Energia Verde, sempre sem custo financeiro, desde que atendam aos critérios estabelecidos nas diretrizes gerais do Programa.
Ao longo de 2022, as 63 unidades detentoras do Certificado Energia Verde devem produzir mais de 12 mil GWh, sendo 65% exportados para a rede e o restante (35%) destinado ao autoconsumo das usinas sucroenergéticas. Trata-se de uma geração renovável equivalente a quase 40% da geração da Usina Belo Monte em 2021 ou atender mais de 6 milhões de unidades consumidoras residenciais, além de evitar a emissão estimada de 4,2 milhões tCO2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 30 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.