Sucessão de Sachsida é briga de foice no escuro
Maurício Corrêa, de Brasília —
Como já se esperava — isso acontece em toda mudança de Governo — tem muita gente trabalhando duro, na área política, para suceder o ministro Adolfo Sachsida no Ministério de Minas e Energia. As próximas semanas prometem ser dramáticas, pois o lobby está comendo solto. E passa não apenas por Brasília, mas, também, por São Paulo, Rio de Janeiro e capitais do Nordeste.
Existem aqueles que já experimentaram o prazer muito especial de serem chamados de ministro e de ter o tapete vermelho sempre estendido. Fariam o sacrifício novamente numa boa e brigam pela indicação.
Também existem aqueles que um dia tiveram algum tipo de relacionamento com a ex-presidente Dilma Rousseff e lembram esse detalhe a todo momento, tentando se cacifar para o MME. Dilma, quem diria, ressuscitou politicamente e virou uma eleitora de primeira linha.
E não podemos esquecer de grandes empresários, com interesses variados, inclusive na área de Energia, que gostam de trabalhar nos bastidores e não fazem questão de serem chamados de ministro. Mas gostariam muito de emplacar algum amigo na Pasta. De preferência um parlamentar do Nordeste, com amplo trânsito, tanto no futuro Governo quanto na futura Oposição.
Parlamentar para esse ministério é o que não falta. Durante décadas, o Ministério de Minas e Energia sempre foi um elemento valioso para trocas e favores políticos. O presidente Bolsonaro rompeu esse triste destino do MME e indicou dois ministros que não toparam o balcão de negócios: o almirante Bento Albuquerque e o professor Adolfo Sachsida.
Agora, como o futuro presidente da República tem muitos compromissos com a chamada Frente Ampla, tudo indica que o MME vai entrar novamente na dança. A conferir.