Muita gente de olho grande na Secex do MME
Maurício Corrêa, de Brasília —
Tem muita gente de olho grande na indicação para a Secretaria-Executiva do Ministério de Minas e Energia. O cargo está sendo intensamente disputado principalmente por vários ex-diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica e até por um ex-deputado federal que perdeu a cadeira na recente eleição e está no sereno, doido para arrumar uma boquinha em algum lugar da Esplanada dos Ministérios.
Infelizmente, há o risco de se repetir uma situação inusitada no MME que já produziu vários problemas de grande relevância, inclusive até mesmo um racionamento. O novo ministro, Alexandre Silveira, não é do ramo. Apesar disso, muita gente no seu partido faz força para que ele escolha o ex-deputado Marcelo Ramos, que também não é da área.
Seria interessante acompanhar como poderia ser uma nova dobradinha no MME, em que nem o ministro e nem o secretário-executivo não entendem patavina sobre uma área de grande complexidade técnica como o MME. Pressupõe-se que, se o ministro é uma escolha política, pelo menos o seu Secex saiba um pouco mais do que acender e apagar a luz.
Silveira tem conseguido resistir à pressão interna do seu partido, o PSD, e parece que a tendência é indicar um Secex que tenha formação técnica. Nesse contexto, vários nomes estão na luta. Alguns mais abertamente, outros mais discretamente. O curioso é que o cargo é tão disputado que tem até bolsonarista de carteirinha, desses que até o dia 30 de outubro estavam no time do Jair, se assanhando para ser o segundo de Silveira. Esse povo é muito criativo.
Enfim, o mundo de Brasília sempre foi e sempre será assim. Este site não torce pelo quanto pior melhor e espera sinceramente que o ministro Alexandre Silveira possa escolher um nome competente que possa ajudá-lo a conduzir a Pasta com equilíbrio e eficiência.