Barral pode ser a opção para Secex do MME
Maurício Corrêa, de Brasília —
Qualquer pessoa que já atingiu a idade adulta sabe que governos em geral, de qualquer partido, de qualquer país e de qualquer tendência ideológica, são lentos nos processos de tomada de decisão e muitas vezes carecem de sensibilidade para perceber coisas que são evidentes.
Algo nessa linha está se passando com o Ministério de Minas e Energia em relação à Secretaria-Executiva, pois existe uma situação que pode configurar uma solução e ninguém consegue enxergar.
É consenso geral que o MME está encontrando enorme dificuldade para renovar a sua equipe, pois o Palácio do Planalto aparentemente sente especial prazer em vetar os nomes propostos pelo ministro Alexandre Silveira.
Só que na visão de vários agentes, tanto Silveira quanto o MME podem estar dormindo no ponto em relação ao estratégico cargo de secretário-executivo (leia a manchete deste site, na seção Notícias).
Silveira recebeu sinal verde do PT e inclusive já nomeou e já empossou o engenheiro Thiago Barral na função de secretário de Planejamento e Transição Energética. Ora, na visão de muitos agentes, Barral é um servidor competente, muito qualificado, que pode perfeitamente ser secretário-executivo do MME.
Neste caso, como o ministro já não tem problema com Barral, que faz parte da estrutura do MME, bastaria a Silveira puxá-lo do cargo atual para a Secretaria-Executiva, que é uma função mais urgente a ser ocupada. Com o tempo, o próprio Barral poderia arrumar outro especialista para o seu lugar na Secretaria de Planejamento.
Vale lembrar que Barral é servidor de carreira da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), onde ocupou a presidência. A maioria dos agentes considera que ele foi um bom presidente e soube responder aos desafios do Planejamento Energético.
Ele se formou em Engenharia Civil na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e fez o mestrado em Recursos Hídricos e Meio Ambiente na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Barral fez também pós-graduação em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas. Ou seja, está qualificado para ser secretário-executivo do MME.