Bioeletricidade em 2022 atinge 5% do consumo
Da Redação, de Brasília (com apoio da Única) —
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenerrgia (Única) divulgou o Boletim “Bioeletricidade em Números”, contendo os números consolidado do setor em 2022. No período, a oferta de bioeletricidade em geral à rede atingiu 25,5 mil GWh, um crescimento de 0,5% em relação a 2021, ocupando a 3ª posição na matriz de oferta de energia elétrica à rede em 2022. Esses 25,5 mil GWh foram equivalentes a 5% do consumo nacional de energia elétrica ou a 48% da geração pelo Complexo Belo Monte em 2022.
Segundo a Única, a geração pelo setor sucroenergético representou 72% da produção total da bioeletricidade à rede em 2022, seguida pelo licor negro com 20% e pelo biogás com 4%.
Acompanhando o perfil sucroenergético, em 2022, 90,5% do total da geração pela bioeletricidade em geral para a rede esteve concentrada em apenas seis Estados da Federação: São Paulo (42,6%), Mato Grosso do Sul (12,8%), Minas Gerais (11,8%), Paraná (11%), Goiás (10%) e Mato Grosso (2,2%). Todos esses Estados ficam na chamada Região Centro-Sul sucroenergética.
A geração de bioeletricidade para a rede pelo ESP (10.958 GWh) foi equivalente a 15,4% de todo o consumo residencial ou a 11,5% do consumo industrial de energia elétrica na Região Sudeste no ano passado.
Quando, além da produção de bioeletricidade para a rede, se considera o autoconsumo e o atendimento aos Sistemas Isolados, a bioeletricidade representou 7,4% da Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) em 2022.
O boletim da Única destaca os seguintes números de bioeletricidade da cana:
Em 2022, o setor sucroenergético produziu 18,4 mil GWh para a rede, uma geração estratégica para o país, equivalente a:
4% do consumo anual de energia elétrica em 2022 ou a atender 9,3 milhões de unidades consumidoras residenciais.
26% da geração de energia elétrica pela Usina Itaipu, 50% da geração pelo Complexo Belo Monte ou 81% de toda a geração termelétrica a gás em 2022.
Reduzir as emissões de CO2 estimadas em 3,8 milhões toneladas, marca que somente seria atingida com o cultivo de 27 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
Ter poupado 13% da capacidade total de energia armazenada na forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro.
Outra comparação feita pela Única diz que, nos últimos 15 anos (2008-2022), a geração acumulada de bioeletricidade sucroenergética para a rede foi de 238.105 GWh. Essa geração seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do(a):
Mundo por 4 dias.
União Europeia por 31 dias.
China por 16 dias.
Estados Unidos por 22 dias.
Reino Unido por 281 dias.
Portugal por mais de 4 anos
Argentina por 2 anos.
Brasil por quase 6 meses ou Região Sudeste por 1 ano.