MME valoriza parceria entre Brasil e China
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
A parceria na transição energética sino-brasileira foi destacada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), nesta quarta-feira, 17 de abril, durante evento de comemoração dos “50 anos de Relações Brasil-China: Cooperação para um mundo sustentável”. Representando o ministro Alexandre Silveira, o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, avaliou a evolução da cooperação entre os dois países no contexto das energias limpas e renováveis e também nos combustíveis verdes.
“A cooperação sino-brasileira tem um olhar muito forte para a segurança e a transição energéticas e, obviamente, para as interconexões que existem entre esses dois objetivos fundamentais. As discussões no G20 têm servido para estreitar esse diálogo”, avaliou Barral durante o primeiro painel sobre economia de baixo carbono e a transição energética.
Segundo dados publicados recentemente pelo Conselho Empresarial Brasil-China, entre 2007 a 2022, 82% dos investimentos chineses no Brasil foram nos setores de eletricidade (geração de produção e distribuição) e mineração. “Isso é reflexo de uma confiança e um diálogo crescentes entre as empresas chinesas e o governo brasileiro, que têm evoluído há anos. Esses investimentos se dividem entre vários projetos, especialmente de transmissão. Em dezembro do ano passado, tivemos um dos maiores leilões da história do Brasil e uma proposta de tecnologia avançada de transmissão e a China foi a grande vencedora desta competição”, lembrou o secretário.
Ainda de acordo com Barral, os investimentos chineses no Brasil demonstram que o ambiente no país tem gerado confiança suficiente para que os investidores deste país venham investir no país, gerando emprego, renda e oportunidades para a população. “Além disso, o Brasil está num momento de evolução das transformações, principalmente nas políticas públicas, que tem evoluído rapidamente”, ponderou.
O representante do MME lembrou ainda que, diante das transformações tecnológicas e as novas políticas do governo brasileiro, um dos principais desafios é garantir e comunicar a transversalidade da agenda de transição energética, incluindo as políticas industrial, climática e outras.
“O Plano Nacional de Transição Energética, que está em construção, vem para auxiliar a comunicação da ambição brasileira nesse campo. A forma como nós estamos costurando todas as iniciativas, com certeza, fortalece a agenda da transição energética, um dos pilares da nossa relação entre Brasil e China”, finalizou o secretário Barral.
O evento comemorativo, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), teve a participação do presidente em exercício, Geraldo Alckmin e do embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqio.