O trabalho difícil de religar a luz no RS
Maurício Corrêa, de Brasília —
Os mais recentes dados sobre os impactos das inundações no estado do Rio Grande do Sul, liberados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 28 de maio, mostram que ainda havia quase 89 mil unidades consumidoras sem energia.
Esse número estava dividido entre as distribuidoras RGE, com 56.6 mil, correspondendo a 1,85% do total de clientes por ela atendidos; 30,9 mil estavam na área da distribuidora CEEE Equatorial (1,77% do total atendido). Outros 1,3 mil unidades consumidores são das áreas de atendimento de duas pequenas cooperativas de distribuição em áreas rurais.
A existência de tantos clientes que ainda não tiveram a energia religada no Rio Grande do Sul não significa negligência da parte das equipes técnicas envolvidas no trabalho. O fato é que a situação ainda é dramática, um mês depois do início da destruição.
Não falta dedicação às equipes envolvidas no trabalho. O cenário é muito difícil, com riscos para os consumidores e para as próprias equipes que trabalham na região. Embora em Porto Alegre as águas do rio Guaíba estejam voltando a normalidade, em Canoas, na área metropolitana, ainda existem bairros submersos.
Numa subestação localizada na área metropolitana o nível das águas subiu 1,80m, o que dá uma ideia da extensão da tragédia no setor elétrico local. Houve desmoronamento de torres de transmissão e isso dificulta a entrega da energia em várias regiões.
Essas equipes têm trabalhado bastante para fazer com que a situação se normalize o mais rapidamente possível, em termos de abastecimento de energia elétrica. Este site entende que não se pode politizar a questão, como têm feito algumas pessoas. Ao contrário, essas equipes de eletricistas devem ser apoiadas e não criticadas.