Empossada nova diretoria do ONS. Deus Pai.
Maurício Corrêa, de Brasília —
Quem conhece só um pouquinho sobre a história contemporânea do setor elétrico brasileiro sabe que nesta segunda-feira, 10 de junho, foi empossada aquela que é, talvez, a mais fraca, tecnicamente falando, diretoria do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Não é que todas as diretorias anteriores, sempre, tenham sido uma espécie de Brastemp. Houve altos e baixos na composição das equipes que dirigiram o ONS. Mas em geral sempre se destacou um comprometimento com o conhecimento técnico, até em respeito à história do SIN.
Em outras oportunidades, este site já emitiu a sua opinião sobre a diretoria atual do Operador e não vai ficar repetindo os mesmos argumentos. O SEB conhece o DNA desse povo que acaba de assumir o ONS.
Como se diz no interior de Minas, Deus Pai. Vamos rezar para que não aconteçam crises de grande magnitude na Operação do setor elétrico brasileiro, pois essa turma não está com nada, não.
É possível que o espírito do engenheiro José Marcondes Brito de Carvalho, cujo corpo foi enterrado na cidade mineira de Brazópolis, em 2012, esteja vagando por aí em sinal de protesto contra a posse de uma diretoria tecnicamente tão pobre quanto esta que acaba de ser empossada no ONS.
Conhecido na história do SEB como “Dr. Brito”, ele foi diretor de Operação de Sistemas da Eletrobras estatal, durante muitos anos. Criou o GCOI (Grupo Coordenador da Operação Interligada), que foi a matriz do SIN e do próprio ONS.
O “Dr. Brito” teve a oportunidade de chefiar muitos técnicos cujos nomes se transformaram em verdadeiras lendas não apenas no setor elétrico brasileiro, mas, também, mundialmente. Pois se existe uma área técnica em que o Brasil é reconhecido pela competência é justamente a Operação do Sistema Elétrico.
Hoje é mais ou menos um dia de luto na história do SIN. Por isso, como não pode fazer outra coisa, este editor apenas senta no meio-fio, lamenta e chora.