MME acredita em leilão de baterias em 2025
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira, 12, que pretende fazer o leilão de reserva de capacidade ainda este ano, e que planeja um certame específico para baterias em 2025. Segundo ele, a intermitência das renováveis, como eólica e solar, pode ser mitigada com a adoção da tecnologia em grande escala.
Silveira destacou, ainda, que espera divulgar uma consulta pública sobre o leilão de baterias “nos próximos dias”, mas evitou cravar uma data tanto para o leilão para contratação de potência de usinas térmicas e hidrelétricas quanto para a colocação do certame de baterias.
Ele disse que o governo está adotando medidas para garantir a segurança energética no País, mitigando impactos na tarifa, e salientou que não há risco de faltar energia este ano. “O que precisa é de potência no sistema”, destacou.
Ainda segundo Silveira, o governo avalia ações como o incentivo à fonte hídrica por meio de projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), por exemplo.
Outra ação para melhorar a segurança energética, segundo ele, é a conclusão da linha de transmissão que conectará Manaus ao Sistema Interligado Nacional (SIN), esperada para 2025.
Plano de contingência pedido ao ONS
Alexandre Silveira encaminhou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) um ofício dando prazo de 30 dias para a apresentação de um plano de contingência para o sistema elétrico nacional e para o Sistema Isolado de Roraima. O plano deve contemplar 2024 a 2026, conforme documento obtido pelo Estadão/Broadcast.
“Destaco que o plano deve conter, entre outras, propostas de medidas concretas para cada ano, a serem adotadas pelas instituições que compõem o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico”, diz Silveira, no documento assinado no dia 6, dois dias após a última reunião do comitê – que recomendou uma série de medidas para enfrentar a forte estiagem que atinge o País, e que pode comprometer a produção das hidrelétricas.
O ofício diz que o plano para o Sistema Interligado Nacional e para o Sistema Isolado de Roraima é necessário para o “equilíbrio conjuntural e estrutural” entre oferta e demanda de energia no País.