Políticos de todos os partidos amam Itaipu
Maurício Corrêa, de Brasília —
Está totalmente enganado quem acredita na fofoca que o ministro de Minas e Energia, Alexandre (Rolando Lero) Silveira, estaria manobrando nos bastidores para derrubar o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Ênio Verri, ou seu colega de diretoria financeira, André Pepitone.
Ao contrário, Silveira, Verri e Pepitone estão morrendo de amores um pelo outro. Principalmente porque a binacional tem financiado boa parte dos gastos de eventos promovidos pelo Ministério de Minas e Energia, como os de transição energética.
Esses eventos normalmente são um blá-blá-blá danado, mas é o que o Governo tem a oferecer à comunidade internacional às vésperas da COP de Belém (também financiada pela binacional).
Onde tem um evento de interesse do Palácio do Planalto na área de energia e questões afins, lá está o dinheirão mágico da Itaipu, que tem grana sobrando no seu caixa e sai por aí financiando tudo o que encontra pela frente, como se fosse uma espécie de banco de desenvolvimento paralelo ao BNDES.
Trata-se de uma distorção total da finalidade de uma usina hidrelétrica, mas nenhum partido é contra a dinheirama que jorra sem parar do caixa da Itaipu. Parece até aquele montão de água que escorre pelo vertedouro da própria Itaipu.
É por isso que o ministro e os diretores da binacional se amam tanto e ninguém quer derrubar ninguém. Faz parte do show. Eu te amo, você me ama e nós nos amamos. Itaipu é a grande paixão de todos no Governo e na Oposição. Políticos e Itaipu formam uma aliança eterna. Esta é a verdadeira Santa Aliança.