MME projeta investimentos de R$ 3,2 tri no SEB
Maurício Corrêa, de Brasília (com informações prestadas pelo MME) —
Um estudo divulgado neste final de semana, pelo Ministério de Minas e Energia, indica que o total de investimentos previstos para o setor, nos próximos 10 anos, é de cerca de R$ 3,2 trilhões, divididos em três categorias principais de projetos, com grande participação da indústria de petróleo e gás natural (78%).
O editor deste site não acredita muito nesse tipo de projeção, pois sabe muito bem como essas informações são produzidas pelos governos, qualquer governo. É um tipo de delírio, mas é a informação oficial, portanto precisa ser considerada pelo “Paranoá Energia”.
A informação consta do caderno de Consolidação do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, publicado nesta quinta-feira, 07 de novembro, pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O documento foi anunciado pelo ministro Alexandre Silveira no dia seguinte.
O caderno apresenta perspectivas positivas para a evolução do setor energético brasileiro. A Oferta Interna de Energia (OIE) da matriz, por exemplo, deverá crescer a uma taxa média de 2,2% ao ano, alcançando 394,3 milhões de toneladas equivalente de petróleo (tep*) em 2034.
A publicação ainda destaca o aumento na disponibilidade de energia por habitante no Brasil, com a OIE per capita passando de 1,45 tep/hab para 1,72 tep/hab no período de 2024 a 2034. Embora ainda inferior à média mundial de 2019, que era de 1,87 tep/hab, essa evolução do indicador reforça a importância de uma transição energética justa e inclusiva no contexto brasileiro.
No âmbito do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, que visa garantir energia limpa e acessível, a estimativa é que, até 2030, a participação de energias renováveis na matriz energética nacional permaneça próxima de 50% ao longo de todo o horizonte projetado.
Outro dado apresentado no caderno é a oferta de eletricidade, que revela que o Brasil continuará com a predominância da geração elétrica a partir de fontes renováveis, como hidrelétrica, biomassa, eólica e solar, atingindo um nível médio de renovabilidade de 86,1% ao final do horizonte decenal.
A participação da autoprodução e da geração distribuída na geração de eletricidade crescerá de 15% em 2024 para 17% em 2034, com destaque para as maiores contribuições da biomassa (biogás, bagaço de cana, lixívia e lenha) e da energia solar. O material também apresenta a síntese da expansão projetada para o horizonte de 2034, além da estimativa de investimentos necessários para o setor energético, que devem atingir R$ 3,2 trilhões.