Apagão atinge mais uma vez Grande SP
Maurício Corrêa, de Brasília —
Este editor lamenta informar, mas continua o show de horrores no serviço de distribuição de energia elétrica praticado pela concessionária Enel na região metropolitana de São Paulo.
O roteiro é o mesmo: choveu, sifu, apagão na certa. A energia elétrica já era. Às 16h30m, segundo boletim disponibilizado pela própria Enel, havia na Grande São Paulo um total de 65.664 unidades consumidoras sem luz, depois de mais um dia de chuva.
Percentualmente, isto significa apenas 0,75% do total de UCs atendidas pela empresa. Aí, o leitor olha e diz: “Até que não é muito”. Entretanto, quando se vê os números absolutos a coisa assusta: naquele horário, eram cerca de 200 mil pessoas sem energia elétrica em casa ou nos negócios. Muita coisa. Não dá para fingir que não está acontecendo, como fazem as autoridades brasileiras.
Alguns casos isolados de municípios são particularmente trágicos: Carapicuíba, 1.176 UCs; Cotia, 1.085; Embu-Guaçu, 665; Mauá, 1.502; Osasco, 2.606; Ribeirão Pires, 1.677; Santo André, 1.202; São Bernardo do Campo, 2.613. Na Capital, é um caos: 50.986 unidades consumidoras desligadas. Só na cidade de São Paulo, são cerca de 150 mil pessoas sem luz.
Quem tem acompanhado o “Paranoá Energia” sabe que o site já escreveu tudo o que era possível escrever. Só resta a opção de, ao atualizar esses números cruéis, repetir os nomes das autoridades que protegem a distribuidora Enel e permitem que esses fatos lamentáveis ocorram quase todos os dias:
- Presidente Lula;
- Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira;
- Diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.