Quatro blocos são incluídos na partilha
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta terça-feira, 18, a inclusão de quatro blocos no modelo de licitação em regime de partilha de produção, com expectativa de arrecadação governamental em cerca de R$ 522 bilhões durante a vida útil dos projetos. A inserção no sistema de Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vale para os blocos: Hematita, Siderita, Limonita e Magnetita.
Um total de R$ 923 milhões é estimado em bônus de assinatura para os quatro blocos, valor que pode ser arrecadado ainda em 2025. Além disso, foi mencionado que há uma previsão de R$ 511 bilhões em investimentos nos quatro blocos localizados no polígono do pré-sal, especificamente na Bacia de Campos, entre Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Com a inclusão aprovada nesta terça, serão 28 blocos já autorizados pelo CNPE. “Com isso, existe a possibilidade de que o próximo leilão, previsto para junho, seja o maior já realizado no regime de partilha de produção em quantidade de blocos disponíveis”, disse o CNPE, em nota.
Participação em organismos internacionais
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deu aval nesta terça-feira para a inclusão do Brasil como país-membro da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena).
No início do ano, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia anunciado a retomada do processo de adesão do Brasil à Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), durante agenda oficial em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
O governo do ex-presidente Bolsonaro havia interrompido as tratativas para a adesão brasileira.
Segundo a pasta de Silveira, a adesão “amplia a influência do país na transição energética, fortalece o planejamento da segurança energética a médio e longo prazo e possibilita acesso a oportunidades estratégicas, como capacitação técnica e desenvolvimento de políticas públicas”.
Foi informado ainda que o Brasil utilizará a presença nesses organismos para “impulsionar práticas sustentáveis, tecnologias de baixo carbono e mecanismos de financiamento da transição energética”.
Em outra frente, também foi aprovada hoje a adesão do Brasil à Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), fórum consultivo da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e dos Países Produtores de Petróleo não-membros da Opep.
