Enel SP também precisa melhorar as mensagens
Maurício Corrêa, de Brasília —
Depois, alguém pode dizer que é perseguição do “Paranoá Energia” contra a inocente Enel São Paulo. Não é.
Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, a concessionária italiana disponibilizou a seguinte mensagem no seu site:
“Atenção, São Paulo! Informamos que restabelecemos a energia para quase todos os clientes afetados pelas chuvas de terça-feira (18). Nossos técnicos continuam trabalhando com empenho para resolver casos específicos que ainda estão em andamento”.
Além de melhorar os seus processos, procurando religar a luz mais rapidamente nos lugares nos quais os usuários ficaram no breu, a empresa também poderia melhorar a redação dos seus comunicados.
Quando ela menciona que a energia já foi restabelecida para “quase todos os clientes” impactados pelo último temporal, imagina-se que seja apenas uma meia-dúzia de três ou quatro consumidores. Engano total.
Nesta quinta-feira, às 09h30m, segundo boletim elaborado pela própria Enel, existiam na área metropolitana de São Paulo exatas 34.274 unidades consumidoras de energia elétrica desconectadas da rede da Enel. Se o leitor calcular três pessoas para cada imóvel, verá que ainda há cerca de 100 mil indivíduos no escuro na área de concessão da Enel em São Paulo.
Bem, há uma pequena diferença entre “quase todos” e 100 mil pessoas sem luz. Pessoal da Enel: vocês poderiam melhorar esse texto aí, viu? Menos marketing e mais trabalho.
E não custa nada aproveitar o espaço e repetir que as autoridades federais responsáveis pela péssima gestão da Enel, em São Paulo, são:
- Presidente Lula;
- Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira;
- Diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa (com a enorme colaboração da área de fiscalização da agência, que não encontra problemas na distribuição de energia elétrica na área metropolitana de São Paulo).