Silveira está certo em brigar pela pesquisa de óleo e gás na Margem Equatorial
Maurício Corrêa, de Brasília —
Como todos os leitores do site podem testemunhar, este editor não poupa críticas ao ministro de Minas e Energia. Não perdoa nada: tolerância demasiada com a concessionária Enel em São Paulo, atraso na proposta do novo modelo do setor elétrico, deslumbramento com o Poder, uma certa breguice, muito atraso no enfrentamento do “curtailment”, péssimas indicações para cargos importantes na estrutura do MME e órgãos vinculados, uso político do dinheiro da Itaipu Binacional (está sendo desviado para projetos do Governo, quando deveria ser distribuído entre os consumidores de energia elétrica) e por aí vai. Praticamente nada do que o ministro faz é do agrado do “Paranoá Energia”.
Mas há um ponto de convergência entre o editor e o ministro que precisa ser ressaltado. O editor apoia integralmente o posicionamento do ministro Alexandre Silveira em relação à pesquisa de óleo e gás natural na foz do rio Amazonas, na chamada Margem Equatorial.
O ministro tem sofrido a má vontade dos ambientalistas do Governo e o site Paranoá Energia entende que é preciso hipotecar total solidariedade ao ministro. Silveira tem total razão: o mundo ainda vai depender do petróleo durante décadas e o Brasil não pode se dar ao luxo de desperdiçar essa riqueza.
Tem que pesquisar, sim, e se encontrar bons potenciais de óleo e gás natural, tem mais é que explorar. E os ambientalistas, que estranhamente se aliaram aos grandes consumidores industriais de energia elétrica para combater a pesquisa na Margem Equatorial, com todo o respeito, que se recolham e meditem sobre o leite derramado.