Enel muda a marca, mas serviço é o mesmo
Maurício Corrêa, de Brasília —
A empresa italiana Enel, que explora os serviços de distribuição de energia elétrica nos estados do Ceará, parte do Rio de Janeiro e área metropolitana de São Paulo, alterou a logomarca, adotando as cores verde e amarelo. O discurso é similar ao de outras empresas que também mudam a marca: é um recomeço, vamos esquecer o passado e olhar para a frente.
É uma atitude positiva. Afinal, trata-se de uma empresa que está praticamente na lona, só apanhando, desde que chegou ao Brasil. O site lembra que a Enel praticamente foi expulsa do estado de Goiás, por incompetência, transferindo a concessão para a Equatorial. Politicamente, não é bem-vista no Ceará e em São Paulo é um desastre. O Rio de Janeiro parece ser o lugar onde a Enel encontra menos problema no Brasil.
Este site às vezes chega a pensar que a Enel ainda detém a concessão em São Paulo só porque conta com a proteção política do Ministério de Minas e Energia e a Aneel claramente finge que não vê o que seria uma obrigação ver. Sua gestão é por isso desastrosa e é raro o dia em que, na área metropolitana de São Paulo, não existam 100 mil, 200 mil, 300 mil, 500 mil pessoas sem luz nas residências ou nos seus negócios.
Hoje mesmo, às 15h51m, no dia em que a Enel comemora a mudança da logomarca, existiam 60 mil pessoas aproximadamente no escuro na Grande São Paulo, sendo cerca de 48 mil apenas na Capital. Todo mundo sabe que a Enel não pode continuar assim.
Embora desça o malho na Enel praticamente todos os dias, o site “Paranoá Energia” não torce pelo quanto pior, melhor. E espera, com sinceridade, que a Enel tome jeito e melhore a qualidade do seu serviço. Se a mudança de logomarca contribuir para isso, seja bem vinda nova logomarca.