Tradener, 23 anos
A comercializadora Tradener, de Curitiba, faz aniversário hoje, 28 de julho. São 23 anos de história.
Nosso País tem inúmeras qualidades, mas todos nós somos suficientemente crescidos para saber que não é fácil ter um negócio no Brasil e fazer com que ele chegue aos 23 anos. A maior parte das empresas desaparece bem antes disso.
As dificuldades impostas aos negócios não são exclusivas desse ou daquele partido, desse ou daquele político. Infelizmente passam pelos anos, entra governo e sai governo.
Há todo um aparato legal que dificulta a vida das empresas. A começar pela carga tributária elevada e confusa; às vezes nem mesmo as autoridades fiscais se entendem a respeito do que estão cobrando dos agentes econômicos.
Tem também um burocrático sistema regulatório, que obriga a constantes intervenções do Judiciário, o que acaba encarecendo e atrasando os negócios. A nossa máquina pública tem algumas ilhas de excelência, mas, de modo geral, é pesada, cara e ineficiente.
E não podemos esquecer dos planos econômicos, do combate à inflação nem sempre compreendido, das crises hídricas e dos apagões. Enfim, não é fácil ser empreendedor no Brasil, principalmente de uma empresa na área de energia elétrica.
Por tudo isso, o site “Paranoá Energia” cumprimenta a Tradener e seu fundador, Walfrido Avila. Não se trata de um cumprimento meramente diplomático apenas porque a empresa é patrocinadora deste site.
Muito mais do que isso, expressa a admiração por um profissional que tinha uma carreira estável numa empresa pública e, em vez de se contentar com uma carreira tranquila até a aposentadoria e com a garantia do contracheque no final do mês, optou por desbravar o desconhecido e enveredou pelo então recém-nascido mercado livre de energia elétrica no Brasil. Simplesmente, foi à luta, sofreu muita angústia, mas com determinação atingiu o seu objetivo.
Walfrido é uma das pessoas que criaram esse mercado praticamente do nada. Contribuiu para edificar o arcabouço legal inicial do ML em um momento que nem o MME, nem a Aneel, nem o ONS, nem o antigo MAE (hoje CCEE) e tampouco o Congresso Nacional, tinham certeza a respeito do que fazer e por onde caminhar. Todo mundo batia cabeça. As próprias empresas que viriam a ser os primeiros clientes livres sequer sabiam o que significava todo aquele conjunto de mudanças e desconheciam os benefícios que o ML poderia representar para cada uma delas.
Ele criou a primeira comercializadora, a Tradener, e levou vários meses para vencer a desconfiança e o desconhecimento da burocracia e dos próprios agentes, até assinar o primeiro contrato voltado para o mercado livre, o que só aconteceu em 1999. Depois, com mais três empresas pioneiras, ajudou a criar a associação dos comercializadores, a Abraceel, cujo Conselho de Administração presidiu durante um bom tempo. Hoje, a Abraceel tem mais de 100 associados e é uma associação consolidada e respeitada técnica e politicamente.
Esta opinião do editor, portanto, é um cumprimento à Tradener, pelo aniversário, mas também ao Walfrido Avila, seus colegas de diretoria e a equipe da empresa, que muito têm feito em favor da modernização do sistema elétrico brasileiro.
Afinal, apesar de todas as dificuldades, hoje a comercializadora Tradener é o embrião de um grupo voltado para a geração de energias limpas, o que significa desenvolver, estimular e tocar projetos próprios ou em parceria nas áreas de Pequenas Centrais Hidrelétricas, eólicas e usinas fotovoltaicas.
Recentemente, a Tradener inaugurou uma PCH no Rio São Bartolomeu, em Goiás, e imediatamente começou a construção simultânea de mais duas usinas em cascata no mesmo rio, em um projeto que, quando finalizado, terá quatro PCH´s no mesmo rio.
Quem conhece bem o Brasil, sabe que isso não é pouca coisa e é preciso ter muita coragem no tal do empreendedorismo para se lançar num projeto dessa magnitude.
O site “Paranoá Energia” se orgulha de ser parceiro da Tradener e renova os cumprimentos a todos na empresa que dignificam o seu pioneirismo e olham para o futuro.