Um plano nacional para PCH´s
O engenheiro Walfrido Ávila, presidente da Tradener, aproveitou o Enase 2021, organizado pelo Canal Energia, para lançar a proposta desafiadora de desenvolvimento do Plano Nacional de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH´s).
Ávila entende do que está falando. Ele criou a Tradener como uma comercializadora, há 23 anos, no embalo das mudanças introduzidas no setor elétrico brasileiro na segunda metade dos anos 90. Foi a primeira comercializadora brasileira.
Aos poucos, o agente de comercialização que foi pioneiro do mercado livre se transformou e, hoje, ocupa um papel relevante no segmento de geração, com projetos de PCH´s, eólicos e de usinas solares. Recentemente, inaugurou uma primeira PCH no rio São Bartolomeu, em Goiás, e agora toca simultaneamente a construção de mais duas usinas de pequeno porte no mesmo rio.
Para o dirigente da Tradener, as PCH´s são “ilhas de riqueza”, face aos inúmeros benefícios que proporcionam, entre os quais a expansão da matriz mediante uso de fontes limpas e baratas, o fomento à indústria nacional com geração de 1 milhão de empregos, aumento na arrecadação dos estados e a criação de um novo mercado de energia no interior do Brasil.
No seu entendimento, o Brasil conta com potencial de PCH´s para construir por ano o equivalente a uma nova Itaipu no interior do País.
Mas alerta, na apresentação do Plano Nacional de PCH´s, que existem muitos desafios, a começar por um inexplicável cipoal burocrático que produz a exigência de 56 licenças, autorizações, anuências ou aprovações para construir uma pequena central hidrelétrica, prejudicando enormemente não apenas o aproveitamento dos rios para geração elétrica como também a motivação de todas as pessoas que vivem no entorno desses empreendimentos. “Impossível trabalhar desse jeito”, desabafou Walfrido Ávila.
Sua apresentação feita ao Enase consistiu em um vídeo com duração de 44 minutos, que este site tem a satisfação de disponibilizar aos seus leitores, na seção de vídeos existente no espaço acima desta “Opinião do Editor”.
Assim, o Paranoá Energia — que defende a construção de PCH´s — convida todos os seus leitores para conhecer a proposta de Ávila, o qual está convencido que um Plano Nacional de PCH´s resultará em inúmeros benefícios para a sociedade, inclusive com a redução do preço da energia elétrica cobrada aos consumidores.
Ele revelou para este site que está aberto às críticas e observações. “O fundamental é que as pessoas discutam o plano. E a minha esperança é que, como eu, possam concluir que as PCH´s não representam um problema e, sim, uma solução para o Brasil”.